NATUREZA OBJETIVA DO CRISTIANISMO
Introdução
Nosso estudo começa com uma definição essencial que contrasta a natureza objetiva da religião cristã histórica com o subjetivismo religioso.
O Subjetivismo Definido e Explicado
Um Apelo às Emoções
O subjetivismo é um apelo às emoções como prova de alguma experiência espiritual, ou uma outra realidade. Muitos agem baseando sua fé no subjetivismo, dizendo: “Eu sei que estou salvo porque sinto em meu coração.” Mas a Bíblia nunca define que se sentir salvo é estar salvo. Certamente, quando uma pessoa é salva, ela deve ter a alegria de sua salvação (cf. Atos 8:39). Mas, um professor falso pode convencer bem algumas pessoas sinceras de que o seu ensino é verdadeiro e as deixar pensando que são salvas, enquanto, de fato, não são. O subjetivismo não é, portanto, confiável teologicamente, como também historicamente.
Alguns tentariam provar historicamente que Jesus Cristo foi ressuscitado dos mortos por meio de um sentimento dos dias atuais, dizendo: “Eu sei que Jesus está vivo. Eu sei que Ele ressuscitou, porque Ele está em meu coração.” Há até mesmo um hino Cristão nesse sentido. O coro da música afirma: “Ele vive, Ele vive para dar salvação. Você me pergunta: como é que eu sei que Ele vive,” e a letra da música responde: “Ele vive dentro de meu coração.” Sentimentos subjetivos não são confiáveis como testemunho para uma dada proposição histórica.
Nós não seremos capazes de provar que Jesus Cristo foi ressuscitado dos mortos, ou que qualquer outra coisa aconteceu no primeiro século por causa de uma emoção moderna que aconteça no coração de um homem moderno.
O subjetivismo pode levar uma pessoa a acreditar que algo é verdade, quando não é. Pode levar uma pessoa a acreditar que é salva, enquanto ela pode não ser. Se fosse legítimo, o subjetivismo poderia também provar que religiões falsas são verdadeiras.
Se nós podemos provar que o cristianismo é certo por causa de um sentimento, então por que isso não funcionaria também para o hindu? Um hindu poderia dizer: “Eu sei que Shiva é Deus porque sinto em meu coração.” Por que isso não seria verdade sobre o hinduísmo, se fosse verdade sobre o cristianismo? Um muçulmano poderia raciocinar: “Eu acredito que Maomé é o verdadeiro profeta de Deus, maior do que Jesus, porque o sinto em meu coração.” Por que ele não teria um argumento legítimo dizendo: “Eu acredito que o Alcorão é a verdadeira escritura de Deus, maior do que as Escrituras da Bíblia porque o meu coração assim o diz.”, se um sentimento subjetivo fosse um apelo legítimo à realidade do cristianismo?
Não há evidência objetiva em apelar para um sentimento de que qualquer religião é verdadeira, quer teologicamente, quer historicamente.
O perigo é óbvio. O subjetivismo pode nos levar a pensar que algo é verdadeiro, quando não é. Uma pessoa que crê na Bíblia deve tomar uma posição? Eu acho que todos vamos concordar que ela deve. Vamos examinar as Escrituras para deixar claro que nós não devermos apelar ao que sentimos como prova de que o cristianismo é verdadeiro.